segunda-feira, 31 de maio de 2010

Migração e Etnicidade

Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península itálica durante os séculos. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na região, incluindo, dentre vários, os povos latinos (a Oeste), os sabinos (no vale superior do Tibre), os úmbrios (no centro), os samnitas (no Sul), oscanos, entre outros, com os etruscos que se estabeleceram no centro do país, os gregos no Sul e os celtas no Norte. Posteriormente, estabeleceram-se no Norte povos germânicos (ostrogodos, visigodos, lombardos) e, no Sul, os sarracenos (de origem árabe) e os normandos (de origem escandinava). Esses últimos deixaram uma menor influência na etnia italiana.Depois da unificação italiana, o feudalismo que controlava por séculos as terras do país ruiu, e muitos italianos passaram por severas situações de pobreza.[28] O norte foi o primeiro afetado, e grandes levas de imigrantes saíram do país principalmente em direção ao Brasil e à Argentina, a partir da década de 1870. Anos depois, a região sul também sentiu os efeitos da mudança política na agricultura, e a imigração dobrou de número em 1900 e o destino principal agora era os Estados Unidos. O pico foi em 1913, quando 872.598 pessoas deixaram a Itália.[29] O fenômeno só diminuiu devido à eclosão da I Guerra Mundial, quando a Itália precisou da população para reconstruir o país e a instalação do regime fascista, que restringiu a imigração na década de 1920.[29]O primeiro grande movimento migratório de italianos em direção ao Brasil ocorreu logo após a unificação, em 1875, pioneiramente para o sul do país, embora a maior massa de imigrantes tenha se instalado em São Paulo, para trabalhar na colheita do café. A imigração italiana foi massiva até o começo do século XX, mas depois das constantes notícias de trabalho semi-escravo no Brasil,[30] a Itália decretou o "decreto Prinetti" que proibia a imigração subsidiada em direção ao país, direcionando o fluxo imigratório italiano para os Estados Unidos e a Argentina. As maiores comunidades italianas se encontram em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde profundamente fazem parte da cultura local.Depois da II Guerra Mundial, o país que era uma das maiores fontes de imigrantes do mundo, passou a receber imigrantes vindos do mundo todo, intensificado principalmente depois da década de 1970. No fim de 2006, estrangeiros compreendiam 5% da população ou quase 3 milhões de pessoas,[31] um aumento de 270.000 desde o ano antecedente. Em algumas cidades italianas, como Bréscia, Milão e Pádua, o total de imigrantes é maior que 10% da população.A mais recente onda de migração tem vindo principalmente das nações europeias (47,75%), particularmente da Europa oriental, substituindo o Norte da África (17,43%) como a maior fonte de imigrantes. Por volta de 500.000 romenos estão oficialmente registrados como habitantes da Itália, mas estimativas não-oficiais afirmam que o número atual pode ser duas vezes maior, ou ainda mais.[32] Em 2006, os outros imigrantes vinham da Ásia (17,43%) e América Latina (8,90%). Pequenos grupos vinham da África subsaariana e América do Norte.[31]




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